O corvo e o seu simbolismo

Popular entre homens e mulheres, a tatuagem de corvo representa as características e atributos desta ave.

No entanto, o seu simbolismo tem um lado bom e um lado mau.

Quanto à negatividade, o corvo retrata:

  • a escuridão
  • a morte
  • a solidão
  • o azar
  • o mistério
  • o mau presságio.

Por outro lado, personifica:

  • a astúcia
  • a inteligência
  • a cura
  • a sabedoria
  • a fertilidade
  • a esperança.

Este pássaro está associado:

  • ao profano
  • à magia
  • à bruxaria
  • à metamorfose.

O seu canto lúgubre, gutural e repetitivo, o seu hábito de comer cadáveres, de habitar cidades devastadas, ruínas e áreas desérticas, o seu aparente descuido com a sua prole e a sua roupagem negra, associaram o corvo a aspetos negativos.

Durante a guerra, na antiga Europa, os corvos alimentavam-se dos cadáveres em decomposição espalhados ao seu redor.

Por isso, desde então, são considerados um símbolo da morte e da guerra.

Muitas culturas antigas acreditavam que o corvo era mágico e portador de segredos poderosos.

Na cultura celta, esta ave possui um grande valor, embora a sua comunidade tenha sido propensa a guerras.

A tatuagem de corvo celta representa: a proteção, a magia e a profecia, devido aos seus poderes mágicos.

Na Inglaterra, um corvo solitário era um aviso de má sorte.

Por outro lado, encontrar um corvo morto era considerado um sinal de boa sorte.

Os nativos americanos têm uma crença que diz que o corvo trouxe luz para a Terra.

Além disso, eles consideram-no um símbolo de equilíbrio.

Os Gregos e romanos da mitologia associaram o corvo com Apollo e Athena.

Por isso, também alberga os atributos do sol, como a sabedoria.

Este pássaro é ainda considerado um símbolo da inteligência e é qualificado para ter a capacidade de falar.

Para os ameríndios o corvo caracteriza a criatividade e o sol, enquanto os chineses e os japoneses o associam à gratidão, ao amor familiar e consideram-no o mensageiro divino que representa o bom presságio.

Na China, o emblema do Imperador é um corvo de três patas, que representa:

  • o nascimento
  • o zénite e o crepúsculo
  • o sol nascente (aurora)
  • o sol do meio dia (zénite)
  • o sol poente (ocaso)
  • juntos simbolizam a vida e as atividades do imperador.

Vários elementos podem ser incorporados nas tatuagens de corvo, nomeadamente:

  • a caveira
  • as flores
  • as árvores
  • as tatuagens escritas
  • outras espécies de aves

Alguns projetos retratam o corvo com sangue, enquanto outros podem ser feitos na arte celta ou tribal.

As imagens realistas ou aquareladas também são populares nestes trabalhos.

A postura também pode ser variável.

O corvo pode ser desenhado em voo, com as asas abertas ou empoleirado num ramo.

Geralmente estas tattoos são feitas apenas em preto, embora também existam projetos que incorporam outras tonalidades, especialmente quando têm outros elementos adicionados.

Um bando de corvos é descrito como um “assassinato” de corvos.

Na comunidade do Oeste, o Corvo é visto como um mau presságio, mesmo nas civilizações em que o corvo é considerado o guardião das leis sagradas.

Algumas pessoas tatuam o corvo para representar a sabedoria, o amor e o futuro.

Enquanto outras associam esta ave de cor negra aos maus presságios e outras ainda vêem-na como um novo começo.

Os estudos da inteligência em corvos têm comprovado que eles são dotados de um intelecto capaz de lhes proporcionar variados atos entendidos como indícios de inteligência.

Os cientistas da Universidade de Auckland, verificaram que este pássaro tem aptidão para utilizar três ferramentas em sucessão, para conseguir chegar até os alimentos.

Alguns corvos que comem sementes difíceis de partir, costumam atirá-las para a rua de uma metrópole qualquer e deixar que os carros as partam.

O corvo-da-nova-caledónia (Corvus moneduloides) é popular pela sua habilidade para confeccionar e usar pequenos instrumentos que o ajudam na alimentação.

Estas aves, normalmente atingem pontuações elevadas, em testes de inteligência feitos a animais.

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No cristianismo, estes animais necrófagos (que se alimentam de carne putrificada) são considerados os mensageiros da morte e relacionados ao Satanás.

Inúmeros demónios são retratados na figura do corvo, tais como Caim, Amon, Stolas, Malphas, Raum.

Na Índia, os corvos simbolizam os mensageiros da morte e no Laos, a água usada por estas aves não é utilizada em rituais, por representar a sujidade espiritual.

Na Mitologia Grega, o corvo era consagrado a Apolo, o Deus da luz e do Sol e desempenhava o papel de mensageiro dos deuses, já que possuíam funções proféticas.

Para além disso, simbolizava a luz, por ser dotado de poderes que conjuravam a má sorte.

No manuscrito Maia, o “Popol Vuh”, o corvo surge como o mensageiro do Deus da trovoada e do relâmpago.

Já na Mitologia Nórdica, o corvo é o companheiro de Odin (Wotan), deus da sabedoria, da poesia, da magia, da guerra e da morte.

Na Mitologia Escandinava, dois corvos aparecem empoleirados no Trono de Odin: “Hugin” que simboliza o espírito e “Munnin” que representa a memória.

Ambos retratam o início da criação.

(Reis 17)

Ora, Elias, de Tisbe, em Gileade, disse a Acabe: “Juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo, que não cairá orvalho nem chuva nos anos seguintes, exceto mediante a minha palavra”.
Depois disso a palavra do Senhor veio a Elias:
“Saia daqui, vá para o leste e esconda-se perto do riacho de Querite, a leste do Jordão.
Você beberá do riacho e dei ordens aos corvos para o alimentarem lá”.
E ele fez o que o Senhor lhe tinha dito. Foi para o riacho de Querite, a leste do Jordão, e ficou lá.
Os corvos traziam-lhe pão e carne de manhã e à tarde e ele bebia água do riacho.
Algum tempo depois, o riacho secou por falta de chuva.

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